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quarta-feira, 7 de dezembro de 2011


PENTECOSTE

Qual o significado de Pentecoste? Esta festa ocorria 50 dias após a Páscoa. Era uma festa de primícias da colheita. Não era a última experiência nem a consumação do plano de Deus ¾ ao contrário, era o princípio da colheita. Hoje as pessoas pensam que por terem recebido o Espírito, estão prontas para a vinda de Cristo e não há mais nada para se esperar. Mas isto não é verdade. Há várias afirmações no Novo Testamento dizendo que o Espírito Santo é o penhor ou primícias da nossa herança. Não é o fim mas o início do processo (Êx.23.16; Lv.23.17,20; Ef.1.13,14; 2Co.5.5; Rm.8.23).

Na história de Israel, como já mencionamos acima, assim como a Páscoa celebrava a saída de Israel do Egito, Pentecoste celebrava o dia em que a lei foi dada a Moisés no Monte Sinai (Êx.19.1,2,10,11). Portanto, quando o Espírito foi derramado sobre os discípulos pela primeira vez, "ao cumprir-se o dia de Pentecoste", Deus estava mostrando que a lei estava sendo dada novamente, só que desta vez em tábuas de carne e não em tábuas de pedra, como ele havia prometido por intermédio dos profetas Jeremias e Ezequiel (Jr.31.31-33; Ez.11.19,20; 36.26,27)

Outro fato que esclarece muito o significado de Pentecoste é a presença de pão levedado (Lv.23.17). É a única ocasião em que encontramos pão levedado. Na festa dos pães asmos, nas ofertas de cereais, e nos pães de proposição, a presença de fermento era expressamente proibida e considerada anátema. Observe também que em todas as Escrituras o fermento é sempre tratado como algo negativo (Lv.2.11; 1Co.5.6-8). Por que, então, o fermento está presente na festa de Pentecoste? Por que na primeira festa (Páscoa) há sete dias sem fermento e na segunda festa (Pentecoste), que deveria ser um passo para frente, há este aparente retrocesso? Estas são perguntas chaves e por não entender suas respostas, os movimentos pentecostal e carismático têm caído em sérios enganos.

Como vimos, a não existência de fermento na Páscoa se deve ao fato desta festa celebrar a obra de Cristo, perfeita e sem mistura. Assim como Deus unilateralmente tirou o povo do Egito por seu próprio poder, Jesus unilateralmente morreu na cruz por nós, sem contar com nenhuma cooperação humana. Porque nossa experiência com Deus começa com sua graça pura, resta-nos apenas jogar fora o fermento da justiça própria e aceitar o valor do sangue do Cordeiro.

Porém, na festa de Pentecoste recebemos o Espírito como primícias ou penhor da colheita final. O Espírito Santo é perfeito e puro e vem para escrever a lei de Deus em nossos corações para que sejamos perfeitos e puros como ele. O problema é que ao recebê-lo não somos automaticamente santificados (o que é amplamente demonstrado pelos movimentos pentecostal e carismático do século XX).

Por que isto acontece? Por que recebemos o Espírito Santo de Deus e continuamos tão carnais e pecadores? Porque ao entrar em nós, ele encontra problemas de mistura na área de nossa alma. Na conversão, nosso espírito é salvo, mas a salvação da alma (a separação da mistura) é um processo que ocorre até a vinda de Cristo (1Pe.1.9). Deus não precisou da nossa cooperação para perdoar nossos pecados, mas precisa da nossa correspondência a ele para nos transformar à imagem de Jesus. Não é plano de Deus que permaneçam duas correntes simultâneas dentro de nós ¾ o seu Espírito Santo e a nossa velha natureza egoísta, cheia de ambição e orgulho. Seu plano é nos santificar pelo seu Espírito, mas isto exige um processo onde há guerra da carne contra o Espírito e do Espírito contra a carne (Gl.5.16,17). Hebreus.10.10,14 resume esses dois aspectos da nossa salvação. Pela sua obra feita uma vez por todas (Páscoa), ele santificou para sempre os que estão sendo santificados (Pentecoste).

A geração atual de crentes vive no meio de um dilema. Por um lado exulta com o tremendo potencial dos movimentos pentecostal e carismático, e por outro fica confuso diante das grandes limitações, imperfeições e carnalidades existentes entre aqueles que possuem a experiência pentecostal. O problema de muitos hoje é a falta de entendimento da natureza intrínseca da festa de Pentecoste. Consideram-na o fim e não o início do processo. Não entendem que há uma mistura entre a alma e o Espírito, que só a palavra viva de Deus pode separar (Hb.4.12).Em relação aos dons espirituais, não podemos pensar que tudo é branco ou preto, do Espírito ou do diabo. Há uma mistura nas revelações, profecias e demais dons. Nem tudo é de Deus e nem tudo é da carne e nada pode ser aceito sem discernimento. Tudo na festa de Pentecoste é parcial, pois é o início de um processo de separação.

João Batista veio pregando arrependimento e anunciando o reino de Deus. Num sentido, ele anunciou a Páscoa, a nossa humilhação total (pães asmos) e a esperança na graça de Deus, através do Cordeiro que viria para tirar o pecado do mundo. Ele batizava nas águas mas disse que viria um após ele para batizar no fogo. Dentre todas as descrições ou títulos que poderia ter dado a Jesus, João foi inspirado para ressaltar o aspecto principal do seu ministério ¾ ser aquele que batiza no Espírito Santo e no fogo (Lc.3.15-17). João não disse que o batismo no Espírito seria a consumação do plano de Deus, mas que seria o início de um processo de separação. Jesus viria batizando no Espírito para separar a palha do trigo, ou seja, a alma do espírito.

A separação do mundo pelo batismo nas águas é relativamente fácil ¾ é uma experiência única e conclusiva. Mas a separação da alma do espírito é um processo árduo e contínuo. Só pode ocorrer pelo batismo no Espírito que Jesus veio trazer, entretanto o mero fato de receber este batismo não garante a consumação deste processo. Como aconteceu com o rei Saul, podemos receber o Espírito e não corresponder a ele e no fim ser rejeitados por Deus (1Sm.16.14). Jesus disse que no último dia muitos lhe diriam que haviam profetizado e expulsado demônios em seu nome, e ele lhes falaria para se apartarem dele porque nunca os conhecera (Mt.7.22,23)

É difícil separar a alma do espírito (Hb.4.12). O mundo nem entende que há diferença entre os dois. Os dicionários chegam a definir a alma como a parte interior e espiritual do homem. Mas tudo que é da alma desagrada a Deus, porque provém da força humana. Deus só aceita o que é feito pelo Espírito. Se discernirmos o que é da alma e o que é do Espírito, Deus se manifestará através de nós de uma forma mais pura e poderosa. Infelizmente muitas pessoas batizadas no Espírito manifestam mais a alma do que o Espírito. Usam os dons do Espírito para proveito próprio, contrariando uma característica do Espírito que é de não atrair atenção para si mesmo. O Espírito procura sempre glorificar a Jesus enquanto a alma nos leva para orgulho e exaltação.

A reação de muitos diante da situação de mistura nos meios pentecostais e carismáticos é jogar fora os dons e enfatizar somente a santificação e a "vida da cruz". Ficam só com a Páscoa porque não querem a mistura do Pentecoste. Mas esta é uma atitude errada, pois sem passar por Pentecoste nunca chegaremos à festa dos Tabernáculos, à presença atual e real de Deus em nosso meio. O fato de ver pessoas cheias do Espírito, mas ao mesmo tempo cheias de si mesmas, com os mais variados tipos de problemas, não deve nos levar à rejeição do Pentecoste, e sim à conscientização de que o batismo no Espírito não é a solução final. Temos de receber o Pentecoste com todo o seu fermento e prosseguir na caminhada, permitindo que o Espírito vença nossa carne para que cheguemos à plenitude da perfeição na festa dos Tabernáculos.

Por outro lado, a maioria dos pentecostais e carismáticos hoje está tão embriagada com sucesso, com números e com crescimento, que não atenta para seu testemunho lamentável diante do mundo. Só pensa em construir templos maiores e crescer mais. Acha que o século XXI será uma repetição do século XX só que em escala maior. Pensa que Jesus voltará a qualquer momento para uma igreja cheia de pessoas que experimentaram Páscoa (superficialmente) e Pentecoste, mas cujas vidas estão cheias das obras da carne ¾ inveja, porfias, fofoca, ambição, sensualidade, avareza e contenda. Consideram a santificação desejável, mas opcional.

Qual deve ser a nossa atitude diante destes dois extremos? Devemos jogar fora o Pentecoste, decepcionados com seus resultados, ou devemos entrar na festança generalizada nas igrejas hoje, esperando vagamente que, de alguma forma, Deus dará um jeito para a igreja ficar pronta para a vinda de Jesus? Se as coisas continuarem como estão, a igreja nunca será uma noiva "santa e irrepreensível" (Ef.5.27) para o seu Noivo! Assim como o século XX trouxe algo novo e revolucionário que mudou o jeito de ser da igreja sobre a face da terra (o batismo no Espírito Santo), o século XXI precisa introduzir um outro elemento, algo diferente do que temos visto até agora, se é para a igreja realmente se tornar santa antes da volta de Jesus.

Graças a Deus que não precisamos optar por nenhum dos dois extremos: não devemos jogar fora o Pentecoste por causa da sua mistura mas também não podemos nos satisfazer com ele. Está muito claro na Palavra de Deus que não são uma ou duas festas apenas, mas três! Deus não vai deixar seu plano para a humanidade incompleto. Se ele foi fiel para restaurar a Páscoa e o Pentecoste na história da igreja, certamente vai nos levar para a próxima etapa ¾ Tabernáculos!

Em relação ao cumprimento desta terceira festa, porém, há um aspecto singular: enquanto as outras duas tiveram seus cumprimentos espirituais nas datas da sua observação figurativa e depois foram perdidas e restauradas na história da igreja, a Festa dos Tabernáculos nunca foi cumprida, perdida ou restaurada! Neste caso as palavras de Josué: "Por este caminho nunca dantes passastes" se tornam apropriadas para os nossos dias! (Js.3.4).Também as palavras de Isaías: "Não vos lembreis das coisas passadas, nem considereis as antigas. Eis que faço uma coisa nova; agora está saindo à luz; porventura não a percebeis?" (Is.43.18,19).

Assim como no ano religioso judaico a Páscoa e o Pentecoste vinham no início do ano e Tabernáculos no fim, no cumprimento cósmico do plano de Deus na terra, Páscoa e Pentecostes vieram há quase 2000 anos atrás, mas Tabernáculos ainda está por vir, no fim, nos tempos da consumação de todas as coisas. Assim como o maior argumento contra a validade do movimento pentecostal era de que os dons e manifestações do Espírito eram apenas para os dias dos apóstolos e não para os nossos dias, hoje haverá um argumento maior ainda contra a nova coisa que Deus fará, pois será algo que ainda não aconteceu ¾ nem nos dias dos apóstolos!

Se você estudar cuidadosamente a história das sucessivas ondas de derramamento do Espírito Santo no século XX, verá que sempre havia uma forte tendência de chamar aquilo que Deus estava fazendo de algo pleno e consumado. Mesmo no início do século já se falava que era a "Chuva Serôdia" (últimas chuvas) e que tinham o "Evangelho Pleno" (com o batismo no Espírito Santo entendia-se que o evangelho já estava completo). No Movimento Chuva Serôdia, em meados do século, voltaram a falar nestes termos. Em ambos os casos, porém, líderes sérios e sedentos logo reconheceram que isto não era verdade e que tinham experimentado apenas "gotas" da grande chuva final que Deus enviaria.

O homem tem uma forte tendência de sacramentar os movimentos do passado e rejeitar o que Deus quer fazer no presente. Na época de Moisés, idolatravam Abraão, na de Jesus, Moisés e assim por diante. Jesus disse que matavam os profetas e depois adornavam seus sepulcros (Mt.23.29-31). No início do século perseguiam os pentecostais e os chamavam de "fanáticos" e "incultos". No fim do século, porém, os pentecostais e carismáticos se encontram "na crista da onda" com igrejas luxuosas, seminários bem estruturados, altos índices de crescimento e gozando de grande popularidade. Será que atitude terão diante das grandes mudanças de paradigmas que virão neste novo século para corrigir suas grandes deficiências?

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